domingo, 20 de fevereiro de 2011

Luto para descobrir o que sou.
O suor vai escorrendo pela força que faço...
Mas não sei se minhas unhas que cavam um dia vão parar de cavar.
Não sei se tenho final, ou se sou infinita.
Perco o rumo,
deixo a casa vazia, sem mim.
saio e vou embora, a sua procura.
No fim, me sinto até fraca por não achar lugar seguro :
não consigo me esconder de você.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

bobagens de um sábado qualquer.

O menino sentado observava.

E via. Via não por observar, mas por querer ver.

E vendo sentia, sentia o prazer de ver aquilo em que se crê.

E pela crença, também via.

Via diferente; via o que só ele podia ver.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

egoísmo próprio

Quando era criança, gostava de regar as plantas pelas folhas. Achava que devia simular uma chuva: com a água caindo suavemente nos galhos verdes, escorrendo devagar e em quantidade adequada para o caule, e posteriormente, indo para o mais íntimo da planta: a raiz. A raiz que pulsa trazendo a vida, mas fica escondida, guardada, em segredo: protegida.

Gostava de observar as flores e degustar os frutos de uma planta bem cuidada, com a raiz fortalecida.

Hoje em dia não. Não sou mais criança pequena. Não dou mais atenção às plantas, e descobri que tudo fica mais fácil e rápido se jogo a água já no caule: vou direto ao ponto. Violenta, derramo jatos sem dar importância alguma, e a terra reclama da brutalidade, às vezes a raiz dói pela falta de pudor. As folhas, cada dia mais sem vida. Lambuzo-me dos frutos até saciar minha sede. Não cuido mais das flores do meu jardim.

Tempestade de ideias : cai em mim chuva de inspiração!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Preferência para leitores :

Depois de algum tempo crescendo em mim tenho o prazer de dizer que conto com a ajuda de um novo pseudônimo: Carlos Azevedo. Novas experiências: para o alto e avante!

O que limita meu amor por você, é sua resistência a ele.

Apenas lembre-se que depois da limitação lutamos, e depois da luta, o corpo cansa.

Amar é coisa simples, relacionamentos não. Você quis tanto que eu entrasse nessa aventura!

Então abra os braços, deixe que meu amor te inunde. Não me faça pedir, por favor, eu não o farei! Retire-se do ataque, me deixa sair do banco de reserva e estrear nesse maravilhoso jogo!


Lágrimas de Orvalho.

Estava triste. Chorava lágrimas de tristeza que vinham acompanhadas de soluços de desespero. As lágrimas desciam, rolavam rapidamente, e tão puras como gotas de orvalho iam encharcando o rosto. Lágrimas inocentes de quem ainda não sabe que ventos piores irão soprar.

Depois de tudo, o corpo cansado, adormecia. O rosto acordava inchado, os olhos avermelhados, olheiras cobrindo as pálpebras. As pessoas olhavam, com pena, para o rosto que segui cabisbaixo, para as últimas lágrimas que ainda restavam. Não entendo o porquê desse olhar piedoso lançado aos que sofrem. Tristeza é inevitável, chorar é natural e faz bem. Faz bem sim, porque expandir a tristeza é o primeiro passo para livrar-se dela.

Notas sobre mim (eternamente em construção)

Minha loucura é só minha. Mas bem que gostaria de compartilhar.

Já passou, não quero mais.

Detesto falar de manhã. Detesto ‘ de manhã ’.

O que eu tenho? Eu não tenho nada, nem mesmo a paciência de esperar ter alguma coisa.

Caneta macia: ando precisando de uma. E meu aniversário é em abril, sou ariana.

Detesto caixa de lembranças, mas insisto em ter uma. Prefiro minhas moedas e selos antigos.

Com o tempo, você vai perceber que adoro desafiar a sorte, faço coisas que tem mais chance de dar errado do que certo. Mas esse risco é tão prazeroso!

Não gosto de meio caminho, gosto de caminho inteiro.

Tudo para mim é pouco: eu quero mais.

Uma vez me disseram que eu tinha nome de escritora. Uma vez me disseram que era uma escritora nata. Bobagem. Mas quando ouvi, pensei e fiz questão de repetir: repeti cada vez mais alto e acreditando cada vez mis no que dizia. Sobretudo, por um momento, acreditei em mim.

Adriana está embalando minhas palavras neste exato momento, mas só porque são palavras de brincadeirinha. Apesar de que penso agora em uma palavra que pra mim é coisa séria, uma palavra bonita mesmo, Mayra. Ah, falando nisso, agora está tocando Asas.

desorganização .Odeio organização, é algo que me atrasa e me puxa pra trás, sugando minha criatividade. Detesto a idéia de cada coisa ter seu lugar, e que temos que perder tempo tentando fazer com que tudo tome o rumo que desejamos. A ordem é algo que me entristece e me faz inválida.

Organização e criatividade para mim são antônimas. Não posso escrever na seqüência de um caderno especifico. As palavras vêm e se encontram linhas certas e letra perfeita, fogem. Minha bagunça é bonita, mais bonita que minha tentativa de organização.