quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A palavra é meu oxigênio 

Tudo o que eu falo vem de uma palavra maior,
Que se desassocia de sentido comum.
Nem a fala escapou:
a poesia me tomou.
( mas era eu quem tinha sede )

domingo, 25 de setembro de 2011

Um passarinho cagou em mim.


Da sua obra natural eu fiz uma construção:

Peguei o lápis

E edifiquei um poema.

No meu ouvido, você sussurrou um segredo:


Meu amor, não tenha medo,

na vida ninguém tem sossego.

Ideia:


Uma lâmpada acendeu.

Veio mosquito e pousou.

Ih, apagou.

O mosquito também voou.

Ai se fôssemos o que pensássemos...


estaríamos perdidos

e medíocres.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma vez eu pensei em virar coisa.
Eu fiz coisas que as coisas fazem:
me dobrei, me virei, me guardei.
Despensada estava.
Cheguei bem perto de ser uma folha em branco.
Mas aí eu percebi:
ser pessoa pra mim não tme saída.
Apaga o traço.

Não dá:

a caneta e o papel fizeram um laço.
                    Brisa:     
                                                                  um fio de vento encostou em  mim.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu pedi a palavra que viesse em mim.

Ela fez que sol e me iluminou.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

flor latente 
               o     sol     é       p  o  e  n  t  e

          no meio de tanta gente,
                                                       
                                                             o que se diz ?

                                                                                                          o que se entende ?

domingo, 4 de setembro de 2011


estou de volta
                                                         sem moda
                                                                                                
                                                                                                         tudo volta

Domingo não é um bom dia.


O que seriam das mãos calejadas se não trabalhassem tanto?
Segunda não é um bom dia.
Ah, a mão é só a estética, o interior que influencia.
Tudo que se estende pode ser limitado,
Limitação,
O corpo é o ser desprezado,
No chão?
Nem sempre.
Sexta não é um bom dia.
Espera que já vem a resposta.
Espera?
É o que se tem na sonolência do dia-a-dia.
A lentidão do tempo passa.
Domingo não é um bom dia.
O que se espera é o que já se calou,
No grito da boca surda
muda
e cega.
O vento que sopra é o mesmo que volta.
E a quem queremos enganar?
São os ventos os verdadeiros escultores da vida.
O tempo que passa é nada.
Nada é o que se passa,
Se é o que deixamos passar.