domingo, 20 de março de 2011

o ponteiro do relógio marca meio-dia.

Passeio por um tempo que não é o meu;

A luz refletida no espelho,

Mostra o que eu não quero ver.

As cobertas já não calam meu corpo frio nas noites de inverno.

As minhas roupas não servem mais em mim.

Desejo mudar tudo.

Mas não tenho nada para mudar.

Meus objetos quebrados moram dentro de uma casa vazia que deveria ser minha.

Eu prefiro campos verdes a caixas de concreto. Para mim isso se chama prisão. Apesar doas meus “pecados” não mereço tal castigo, também não acho que alguém mereça.

Ainda tenho que me levantar cedo para trabalhar.

Trabalho=dinheiro=sobrevivência.

Quando sobrevivo, posso escrever. É nisso que penso quando vou trabalhar.

O relógio marca hora nenhuma, e o tempo continua não sendo meu.