E eu que tinha tanto pudor com o teu corpo;
Eu, que te acariciava com o mais fino amor,
Que usava toda a delicadeza ao deslizar os dedos sobre ti,
como um artista que faz sua escultura.
Tu eras toda uma obra de arte,
Eras beleza pura; carne nua,
que eu tinha até medo de estragar.
Mas veja só como são as coisas:
eu que guardei todo esse amor,
estou aqui.
E o outro, o estúpido que nada fez,
Como em pratos limpos, lambuzando-se, porco.
Mas não há problema...
Provas agora do veneno humano, Donzela!
Deleita-te na ignorância dos homens!
Deixa que deite sobre ti a mais fria brutalidade!
Queime-te com tamanha vergonha!
Provas! E não esqueces o gosto amargo da vida.
Derreta-te em pedras duras!
Mas lembra-te:
Não há ninguém a esculpi-la...
Não és mais obra de arte.
E eu, homem que tinha tanto pudor com o teu corpo;
ResponderExcluirEu, homem que te acariciava com o mais fino amor,
Que homem usava toda a delicadeza ao deslizar os dedos sobre ti?
como homem, um artista que faz sua escultura.
Tu eras toda uma homem, obra de arte,
Eras homem beleza pura; carne nua,
que eu, homem, tinha até medo de estragar.
Mas veja só, homem, como são as coisas:
eu, homem que guardei todo esse amor,
estou, homem, aqui.
E o outro, o estúpido homem que nada fez,
Como em pratos limpos, lambuzando-se, homem-porco.
Mas não há homem-problema...
Provas agora do veneno homem-humano, Donzela!
Deleita-te na ignorância dos homens!
Deixa que homem deite sobre ti a mais fria brutalidade!
Queime-te com homem, tamanha vergonha!
Provas homem! E não esqueces o gosto amargo da vida.
Derreta-te em homem, pedras duras!
Mas lembra-homem-te:
Não há homem-ninguém a esculpi-la...
Não és mais homem. Obra de arte.