desde a carta no canto da boca
talvez à espreita da áspera espera
também os telefonemas mais tardios
os silêncios mais sinceros
as presenças mais partidas
desde o último olhar
no olho do corpo
desde a primeira ausência
tudo que resta
é este prenuncio
o corpo, que trôpego toma
fôlego
o hálito quente
ápice e queda
da absoluta retração da voz
no grito
tudo quietamente pulsa
como o ruído do ar
entrando
enquanto você tão distraidamente
suspensa
se prepara para ler
a próxima linha
sério, gostei muito... continue sentindo poesia e, quando der, escreva :)
ResponderExcluirWalmir, você é um amor meu. Obrigada pelas palavras, querido. Quando der sempre as compartilharei com você :)
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