sábado, 9 de julho de 2011

texto completo.


Se pelas sombras nada via, o que eu podia querer mais?
Na verdade, era tudo muito simples. Bastava abrir os olhos, bastava parar e sentir. Mais simples que o simples. Por isso, incomum.
Eu me desfazia como coisa e me remontava como pessoa.
Por mais que o espaço fosse pequeno, era meu. E isso o tornava grande. O que me confortava é que podia, quando quisesse, ultrapassá-lo.
Eu era forma de não sei o quê. E era tão bom ter poder. Ter querer.
Não me lembrava muito bem do que tinha acontecido. Sei que podia. Tinha liberdade de.
Mas as linhas me diziam por onde ir. Mais do que loucura, era realidade. As letras ligavam-se. Vida-letra. Era o que eu tinha. E estava satisfeita, pois era completo (a).
Não pensava no que se precisava e sim no que se queria. Afinal, livre. E sentia que tinha acabado, e por isso acabou.

7 comentários:

  1. Suas palavras me inspiram... álias elas são pura inspiração, poesia.

    Adorei.
    bj

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  2. Comecei agora a ler seu blog e me animei...
    Gostei muito, porque como o nome do Blog já diz "não são apenas palavras". Você faz os seus textos com conteúdo e poesia, por isso continue assim e Sucesso!!

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  3. Ah, obrigada! Fico muito feliz! Continue lendo :D
    e os comentários são muito importantes ! Abraços!
    Sara.

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  4. "Na verdade, era tudo muito simples. Bastava abrir os olhos, bastava parar e sentir. Mais simples que o simples. Por isso, incomum."

    Perfeito. Simplesmente perfeito.

    DaNni.

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  5. aponta bem essa diferença triste que existe

    entre o comum e o normal

    porque o sentir acima de tudo e aceitar a sensação primeira não é coisa rara, ontologicamente falando.

    coisa rara é o humano que procura ir sempre além-
    incomum pro que é todo o resto [mundo]



    ah, eu amo isso
    mais simples que o simples

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