domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sertão

As pessoas choram lágrimas de suor

Suor que escorre pela testa,

Enxuto pelas mãos de terra,

Terras que os pés pisam,

Sem direção.

Vai-se andando:

Sacolas de resto de pão,

As últimas gotas d’água.

Uns filhos na mão,

Amarrados pelos últimos fios de esperança.

Esperança de achar uma sombra,

Uma poça de água barrenta...

Ah, vida de sertão!